Figura interessante e um dos representantes da arte performática na Bahia, Jayme Fygura é uma obra de arte ambulante que caminha pela cidade de Salvador. Impossível falar dele sem atentar para seu trabalho performático e sem comentar sobre alguns aspectos de sua vida. Ele nos permite captar o homem “camuflado” entre tecidos, couro e metais, a partir dos seus desabafos e reflexões. Resulta num homem sensível, com um diálogo seguro e esclarecedor e dono de uma mente poética e criadora.
Através de uma linguagem excêntrica, que faz parte do seu percurso de trinta e três anos de trajetória artística, Jayme simboliza o caráter experimental e complexo que representa a arte contemporânea. Com ele, a performance não só “ganha corpo”, mas é em seu próprio corpo que ela habita, se forma, se contextualiza na vida do homem simples, artista autodidata, pai, filho. É a mesma figura e homem. Eles estão unidos, infiltrados. Autor e obra carregam uma única formatação visual, numa configuração repleta de pulsão e vitalidade. Complementado sua atuação performática, o artista possui um acervo com suas produções, alguns objetos, desenhos e pinturas, que estão guardados em sua casa, pois seu ateliê ainda não abriga suas obras para a possível divulgação de seus trabalhos artísticos.